Criado em 1997, o projeto tem como objetivo principal propiciar orientação artística especializada a grupos teatrais em atividade no interior. Essa orientação se dá por meio da contratação e envio de profissionais de teatro (orientadores artísticos) para atuar junto aos grupos selecionados, num processo pedagógico de acompanhamento de seus projetos de pesquisa e/ou montagem de espetáculos.
Em 2009, o Projeto Ademar Guerra passou por uma reformulação administrativa e conceitual, coordenada pelo diretor teatral Abílio Tavares. Essas mudanças constituíram na criação de uma equipe pedagógica para acompanhar e avaliar os projetos, coordenada pela atriz, diretora e pedagoga Maria Tendlau.
Agora em 2010, o Projeto verticaliza seu cunho pedagógico e busca estreitar a relação com os grupos participantes e também com as cidades que farão parte do projeto. Segundo Abílio “a novidade para este ano é que o projeto assume o custeio de transporte, alimentação e hospedagem dos orientadores, antes bancados pelos grupos.”
As exigências para a seleção dos grupos, nesta edição, aumentaram e o processo seletivo foi realizado em duas fases: na primeira, o envio de um projeto escrito e, na segunda, os diretores dos grupos interessados e selecionados para esta foram a São Paulo para entrevista.
Trinta grupos do interior foram selecionados para receber a orientação e outros trinta ficaram como suplentes e, pelo segundo ano consecutivo, o Núcleo SALA 18, de Catanduva, foi aprovado. Nesta edição, a cia será a única a representar Catanduva neste projeto do Estado. O projeto enviado foi a montagem do texto “Yerma” de Federico García Lorca, que será concebido para apresentações em espaços não-convencionais, característica do Núcleo SALA 18, bem como a abordagem do universo feminino e discurso sobre patologias e conflitos psicológicos.
O nome do projeto homenageia o diretor de teatro Ademar Guerra (1933-1993). Ao longo de sua carreira, ele atuou em diversas áreas, realizando também espetáculos de dança, música e séries para televisão. Nasceu em Sorocaba e iniciou sua carreira no teatro amador de Campinas na década de 50, onde dirigiu seu primeiro espetáculo. Seu trabalho era focado especialmente na busca de uma coerência entre a linguagem e o discurso de seus espetáculos e o respeito à primazia do ator na cena.